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Aloísio Fernandes Costa


Aloísio José de Carvalho Fernandes Costa foi um notável Professor da Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra onde desenvolveu investigação na área da Farmacognosia, (Estudo do uso, da produção, da história, do armazenamento, da comercialização, da identificação, da avaliação e do isolamento de princípios ativo, inativo ou derivados de animais e vegetais - citado da Wikipedia). Nasceu em Foz do Arouce, Lousã no dia 19 de Agosto de 1906 e faleceu na mesma cidade em 2 de Março de 1980.

Filho de outro notável Professor da mesma faculdade, Manuel José Fernandes Costa e de Maria Carolina Augusta de Carvalho Fernandes Costa, obteve duas licenciaturas: a de Farmácia, em 1929 na Faculdade de que viria a ser Professor e a de Ciências Biológicas em 1931 na Faculdade de Ciências da mesma Universidade.

Iniciou a sua actividade docente na Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra em 1930, como Assistente, logo após terminar o curso de Farmácia e terminou com Professor Catedrático quando se aposentou em 1974. Doutorou-se em 1946 na Universidade do Porto com a tese Subsídios para o Estudo das Plantas Aromáticas Portuguesas. Algumas espécies de Thymus L.. Leccionou várias cadeiras nas áreas da Química, da Toxicologia e da Farmacognosia, sua área de eleição.

Ocupou vários cargos de gestão académica e de investigação e fez parte de várias associações científicas, nacionais e internacionais. Publicou vários trabalhos de investigação e alguns textos de apoio às cadeiras que leccionava. Com relevo se consideram os três volumes da obra Farmacognosia publicados pela Fundação Calouste Gulbenkian, abaixo referenciados. O terceiro volume foi revisto e actualizado por A. Proença da Cunha, após o falecimento do autor.

Aloísio Fernandes Costa desenvolveu estudos profundos e abrangentes sobre a utilização de plantas da flora portuguesa e das então colónias para obter substâncias de utilização farmacêutica. A sua tese de doutoramento é um caso relevante desse trabalho. A obra publicada na Biblioteca Cosmos, sobre uma família de plantas existentes nas então colónias, as quinas que estão na origem do quinino, importante medicamento para combate à malária, ilustra outro aspecto do seu trabalho que foi o da exploração das plantas africanas, sendo um percursor do actual movimento de procura de moléculas com utilidade terapêutica nas florestas tropicais.

A sua formação em ciências biológicas, com forte componente de botânica, associada à formação em farmácia, permitiu-lhe ter um leque de competências que foi um suporte fundamental para o tipo de estudos que desenvolveu. O Laboratório de Farmacognosia da faculdade, fundado por seu pai, Manuel José Fernandes Costa, permitiu-lhe ter um ambiente de trabalho com o suporte de equipamentos adequados para o seu trabalho. Foi nomeado director do Laboratório de Farmacognosia em 1944, cargo que manteve até à sua aposentação.

Na Biblioteca Cosmos publicou o volume 73 da colecção, O problema das quinas.

Outras publicações:

Fontes de informação:


GSA