Eduardo Scarlatti Quadrio Raposo era um Engenheiro Maquinista, Oficial da Armada, Capitão-Tenente quando traduz Prometeu Agrilhoado para a Biblioteca Cosmos, profundo conhecedor de teatro, tendo tido uma profunda influência no desenvolvimento do teatro em Portugal, nos anos 20 a 40 do século XX, tendo publicado extensa obra e tendo tido um papel decisivo como crítico de teatro. Era também um oposicionista assumido do regime do Estado Novo.
Nasceu em Lisboa em 1898 e faleceu, também em Lisboa, em 1990.
Nos anos 40, diminuiu bastante o seu activismo, quer na componente política, quer na da intervenção no contexto do teatro, reservando-se para uma revisão do seu trabalho anterior e a publicação revista, contextualizada e organizada da sua larga obra dispersa anterior. É dessa época, em 1945, a publicação de uma nova edição muito alargada e aprofundada da sua obra mais referenciada, A Religião do Teatro cuja edição original é de 1928.
Este abrandamento da exposição pública tem sido interpretada como um certo desencanto com o aparecimento de tendências radicais do seu ponto de vista, das forças de oposição ao regime e, mais tarde, com a constatação de que a derrota do fascismo e do nazismo na segunda guerra mundial, não tenha significado o fim do regime.
A tradução de Prometeu Agrilhoado e as considerações feitas no prefácio desta obra, são objecto de uma interessante análise no artigo de Miguel-Pedro Quadrio, abaixo referido.
Citam-se algumas obras publicadas por Eduardo Scarlatti:
Sobre o trabalho de Eduardo Scarlatti há alguns textos académicos interessantes:
Nos arquivos da RTP está uma interessante entrevista de Rogério Paulo a Eduardo Scarlatti em 11/12/74
Fontes de informação:
Para além de documentos acima citados refere-se:
GSA